Realmente não há uma resposta simples que seja satisfatória para esta pergunta.
Eu diria que o ideal seja conversar com alguém que pesque no local onde tu desejas pescar, os peixes que tu desejas pescar e que já tenha um material ideal para tal pescaria. Assim experimentarias um material já de acordo com o pretendido. No exterior, várias lojas disponibilizam material para que seja experimentado pelo cliente. Há no mínimo 12 classes (numeração) de material. Dentre esses, três ou quatro ações (flexibilidade) diferentes. E ainda há varas de comprimentos diferentes, a maioria entre 6 e 10 pés , sendo o mais comum o com 9 pés ..
Fica claro que a quantidade de possibilidades é muito extensa. Acaba-se então por se comprar mais e mais materiais, quase que especializados para determinados peixes, locais, condições e pesos de isca.
A grosso modo, uma vara “coringa” seria entre classes #5 e #7, de ação progressiva e com 9 pés de comprimento. Seria aproximadamente o meio de todas as classes que a indústria especializada oferece. Uma #7 poderia trabalhar um dourado de médio para grande, robalos grandes, arremessar iscas de volume considerável em situação de vento ao se pescar black bass. Uma vara #5 seria mais para dourados pequenos ou médios, piraputangas, trutas consideráveis com streamers de pequenos a médios, ou com mosca seca, blacks com pequenas rãs e poppers.
A necessidade de varas de classes maiores que #7 ou menores que #5 acaba chegando, no caso de busca de esportividade para peixes pequenos, no caso de opção por classe menor, ou busca de maior potência em classes maiores. Ou então quanto à ação, mais rápida, por exemplo, para pesca em água salgada ou peixes de boca dura, e ação mais lenta para se capturar pequeninas trutas, com pequeninas moscas, líderes com tippets muito finos e precisão de arremesso.
Enfim, esse é o meu parecer particular e relatei apenas exemplos para serem tomados simplesmente como base por alguém que esteja buscando escolher seu primeiro material.
Por exemplo, minha primeira vara foi uma #4, que tenho até hoje. Na época, começo da chegada de materiais de fly no Brasil, venderam para nós clientes, como um equipamento ideal o classe #8. Tenho pra mim que isso foi mais uma jogada comercial, escoando um material excedente desta classe vindo do exterior. Tive calma e acertei na escolha. Minha segunda vara foi uma #6 e somente bem mais tarde uma classe #8, que por fim usei apenas uma vez, numa situação de vento muito intenso e uso de iscas volumosas para black bass. Esta vara acabei por perder ao emprestar a um “amigo” que a quebrou e nunca me repôs. Apenas hoje estou montando minha vara #2, quase que exclusivamente para lambaris que pesco no Guaíba.
Enfim, tenha calma, analise bem as possibilidades e compre o melhor que seu bolso poder comportar. Pense que esse será um investimento em lazer, qualidade de vida e bem estar. Mas não deixe de comprar seu material, mesmo que ele seja modesto ou usado. Já vi muita gente levar surras homéricas com material super-top, sem fazer uma captura sequer, de um bom pescador munido de varas modestas e compradas de segunda mão. Imagine quando este último tiver uma super vara em mãos.
Saudações mosqueiras e linhas sempre tensas!
Nenhum comentário:
Postar um comentário