quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Relato I

Fim de semana escolhido para subir a serra gaúcha e ir atrás dos black bass. Sábado, que caprichosamente, amanheceu quente e ensolarado em época de frio. O dia prometia.

Chegamos cedo ao lago, armamos o material e seguimos para o açude. Curiosamente escolhemos o lado esquerdo do lago para pescarmos, todos nós. A manhã estava fraca em capturas, mas com alguns blacks capturados por cada um, espaçadamente colocados ao redor do açude, nesse lado esquerdo. Quase todas capturas em streamers à meia-água. 
Logo era hora do almoço e subimos em direção a caminhonete, ao lado da qual foi armada uma lona como cobertura. Assentamo-nos e comemos calmamente nossos deliciosos sanduíches. Levantei, peguei mais um e fiquei em pé, olhando para o açude. O bom pescador a mosca é antes de tudo um observador. Em toda circunstância. Então me espantei ao ver grande atividade na superfície, justamente em um horário de sol a pino, muito calor. Era cerca de 13h30min. Isso no lado direito do lago, o oposto do escolhido pela manhã. E eu já excitado para verificar de perto tal atividade: 


Terminei meu lanche, revisei meu material e o pessoal desceu antes de mim, mas novamente para o lado esquerdo. Talvez uma escolha instintiva e mais cômoda, pois o lado esquerdo era mais protegido do vento por pequenas coxilhas. E eu fui para o lado direito.
Viam-se então círculos concêntricos, típicos de tomada de insetos na superfície pelo peixe. Isso logo após uma vegetação que se estendia perpendicularmente a margem. Vinha a região de atividade de peixes e logo depois mais uma barra de vegetação e após esta a atividade de caça dos peixes se repetia. Isso tudo se estendia até uma cerca de arame que entrava na água, cerca de uns 50 metros mais adiante, sempre à direita:


Estabeleci então uma estratégia: usaria uma isca de superfície, no caso uma rã amarela, arremessaria após os círculos e a faria passar por cima da zona de ataque. Era fatal. Cada círculo, um bass capturado. Nenhum descomunal, aliás, como pela manhã, todos os bass eram pequenos e magros. No máximo médios, mas magros, todos: 


Quando passava a rã e não havia ataques, passava um streamer (matuka) preta e verde limão e lograva êxito. Assim fui indo até a tal cerca e voltando, arremessando depois da primeira e logo depois da segunda barra de vegetação. Era tanta ação que comecei a contar as capturas, isso já depois de muitos peixes capturados, e foram 84 bass os contados. Até pensei em trocar meu material #6 por um #4 e pescar com mosca seca, mas como era o primeiro dia de pesca e eu estava com fome de peixe, resolvi não perder tempo. Já no final da tarde o pessoal se achegou para a caminhonete e eu resolvi trocar meu #6 por um outro #6, porém mais rápido, pois eu estava pescando com uma vara mais lenta, o que exigia mais do meu braço que já estava doendo. Então lhes falei das tantas capturas e eles se juntaram a mim e capturaram muitos bass até anoitecer. Como eu estava sozinho, tenho poucas fotos deste local e que só foram feitas quando o pessoal se juntou a mim, no final da tarde.
Eu já havia parado de contar, mas contando com os peixes da manhã e os que peguei ainda depois do pessoal chegar, com certeza foram mais de cem.
As poucas fotos mostram bem a grande atividade de mayflies voando ao nosso redor:



Melhor pescaria de bass que já fiz. Até hoje.
Saudações mosqueiras e linhas sempre tensas!

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